Funções Sintáticas
Complementos do verbo — O verbo é o núcleo do predicado. Por vezes é suficiente, por si só, para exprimir a acção atribuída ao sujeito. Diz-se então que o verbo é intransitivo, porque a acção não "transita", não passa para um complemento:O actor F morreu.Nasceu a filha da princesa X.O equilibrista caiu.O Ministro da Agricultura chegou ontem de Bruxelas.Por vezes e existência junto ao verbo de outros elementos pode induzir-nos em erro. No último exemplo apresentado, verificamos que a oração não termina no verbo ("ontem", "de Bruxelas"). No entanto, esses elementos não são complementos do verbo: limitam-se a explicitar algumas circunstâncias que envolvem a acção — o tempo e o lugar. São, portanto, complementos circunstanciais, que estudaremos em outro lugar.Há no entanto muitos outros verbos que necessitam de um complemento para caracterizar com clareza a acção atribuída ao sujeito. São os verbos transitivos, assim designados porque a acção "transita" ou passa do verbo para um outro elemento. Trata-se do complemento directo e do complemento indirecto.Vejamos o que caracteriza o complemento directo.

Complemento directo — Indica o ser sobre o qual recai directamente a acção expressa pelo verbo.O meu pai comprou um carro.Neste exemplo, encontramos um sintagma que representa o sujeito e um verbo para exprimir a acção atribuída ao sujeito (comprou). No entanto, o verbo revela-se insuficiente para caracterizar de forma clara a acção; daí a necessidade de introduzir um novo elemento (complemento directo) para identificar o objecto sobre o qual recai a acção.Este complemento diz-se directo, porque a acção "transita" directamente do verbo para o complemento, sem recurso a um elemento intermediador.

Predicado-O predicado, constituinte essencial da oração, é aquilo que se declara acerca de um sujeito.O núcleo do predicado é sempre um verbo, daí que ele assuma formas diferentes, conforme a natureza do verbo.

Predicado verbal — É constituído por um verbo significativo, que podem ser intransitivos ou transitivos.

Predicado nominal — O núcleo do predicado é um verbo de ligação (verbo copulativo, ou verbo predicativo), sem significação definida, pelo que exige a presença de um elemento que lhe conceda sentido. Esse elemento designa-se predicativo do sujeito.Esta paisagem é bonita. ("bonita" - predicativo do sujeito)Os principais verbos de ligação são: ser, estar, parecer, andar, continuar, ficar, permanecer...Só o verbo ser é sempre copulativo. Os restantes são verbos de significação definida que, em certos contextos, perdem o seu sentido próprio e funcionam como copulativos.O meu irmão está em casa. (verbo significativo)O meu irmão está doente. (verbo copulativo)Além dos indicados, há outros verbos significativos que podem ser usados como copulativos.

Sujeito-Existem verbos que não possuem sujeito; são eles verbos que expressam os fenómenos da natureza.Exemplos:Trovejou muito esta tarde.Ventou toda a noite.Está a chover muito.
Aaquele que desempenha a acção.Tipos de Sujeito:
Sujeito Simples-É expresso em um só núcleo.
Exemplos:>O meu cão gosta de brincar com as crianças.>O Pedro passou de ano.>Lisboa é banhada pelo rio Tejo.

Sujeito composto-É expresso, pelo menos, por dois núcleos, separados por vírgula ou pela copulativa “e”Exemplos:>O cão e o gato gostam de brincar com as crianças.>O Pedro e a Maria passaram de ano.>Lisboa e Setúbal são banhadas por rios.

Sujeito Subentendido-Não é expresso ( é inexpresso) porque se subentende o agente da acção que aparece expresso em frase anterior ou posterior à frase em causa, quando não se refere às primeiras pessoas gramaticais (Eu e Nós)Os meus pais saíram à noite; foram ao cinema.A primeira frase explicita o sujeito. Por isso, na segunda frase, é desnecessário explicitá-lo novamente por ser o mesmo. Passa, assim, a estar subentendido através da forma verbal que corresponde à mesma pessoa gramatical (3ª pessoa do plural).

Sujeito Indeterminado-Distingue-se do sujeito subentendido, porque não vem expresso anterior ou posteriormente à frase em causa, visto o sujeito não interessar tanto quanto a acção em causa. É ela (a acção) que se torna centro das atenções da frase:(...) Assaltaram hoje muitas lojas na baixa.Não só se desconhece o sujeito da acção, como aquilo que se pretende realçar é o assalto às lojas, o acontecimento em si.Disse-se muita asneira naquela palestra.A partícula “se” denominada “índice de indeterminação do sujeito” tem o mesmo valor que a forma verbal na 3ª pessoa do plural na frase acima: o que interessa é a acção – o ter-se dito asneiras e não quem as disse.

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